segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Tristeza

Estranho como as vezes os sentimentos nos invadem sem muita explicação...

Mas e quando essa tristeza é algo que vem sem dar avisos, sem motivo aparente?!?

Ontem quando cheguei na minha casa, senti um vazio tão grande, mas tão grande, que fiquei triste...me sentindo mais vazia do que o vazio que eu senti... A casa tava cheia, tão cheia, com tanto riso, tanta festa, e mesmo assim me senti vazia de tudo!

Não sei o que houve,mas de repente o sorriso ficou vazio, faltava alguma coisa, eu não era mais plena, como se em um minuto eu tivesse perdido tudo o que tinha...

Já não era mais eu! Era uma menina-mulher, assim como eu, muito parecida comigo, mas de sorriso vazio, e ainda mais perdida do que eu... Era uma menina-mulher que nem sabia ao certo o que estava sentindo. E sabia muito menos porque tantas lagrimas rolaram no seu rosto de uma só vez sem motivo.

Só sei que essa angústia descabida foi crescendo, crescendo... a ponto de sufocar!
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Musica de hoje: Lenine - O silêncio das estrelas

"E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?"


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Considerações finais:
- Aff, carnaval ainda mal resolvido. Não quero mais opções e sim soluções...rs

bjumetwitta

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

QUASE UMA CRÔNICA

E aquela história começou com um simples olhar, ou melhor,com a troca de vários deles...E só com esse jogo ela já podia sentir o coração quase saltar pela boca, dele eu nem sei. Só sei que a troca de olhares foi ficando maior, virando troca de palavras, e quando ela percebeu, já estava interessada além da conta. Além da conta porque no final das contas ela tinha um noivo, e ele, bem ele também tinha alguém. Agora o porque dela dos dois terem dado tanto espaço para as coisas começarem a acontecer ninguém nunca vai saber. Existem coisas que existem sem explicação,sem um porque.

Duas pessoas completamente diferentes, com pontos de vistas tão distintos sobre a vida, mas tão ligados de alguma forma, tão atraídos pelas diferenças que tinham. Por causa de um rompimento de ambos os lados, essa proximidade acabou por aumentar, e como já era de se esperar, os dois começam juntos uma história (sei que história é uma palavra forte para um caso, mas pra mim tudo que tem enredo vira história mesmo) que continuou, mesmo quando os rompimentos se desromperam, mesmo quando eles deveriam ter rompido.

Sentiam-se intensos na imensidão daquele pequeno quarto,daquela pequena cama, do pouco tempo que sempre tinham juntos, das poucas vezes que se viam... sentiam-se imensos pela sensação que as coisas tinham, pelo gosto dos beijos entregados, pelo calor trocado. Talvez ela ainda sentisse ainda mais essa intensidade, porque ela se sentia plena em cada momento, a cada palavra proferida, a cada gesto meticulosamente calculado. Ela sempre se conteve, sempre por medo do que ele ia pensar. Ela não queria mais do que já tinha, ter ele por alguns momentos já bastava. Dele eu já não sei, só sei que parecia que também gostava.  Talvez por isso, mesmo quando deveriam, não conseguiram ficar tão longe por tanto tempo.

Quando novamente aconteceram os rompimentos, os dois ainda estavam lá, juntos de certa forma, da forma deles, de uma forma única. Começaram a compartilhar ainda mais, enxergar ainda mais, talvez sentir de um jeito diferente, não sei dizer se mais ou menos, mas se sentiam um pouco estranhos um pro outro. Como se a cortina que separava aquele antigo mundo tivesse sido tirada e já que agora não existia mais nada, tudo começou a ficar mais claro, mais nítido.

Quem sabe não foi o medo de ser percebido que não os deixou assim, tão inseguros de si. Quem sabe não foi o receio de perder o que tinham. Só sei que ela torcia dia e noite para que aquilo que existia não acabasse, pois sabia, que sem tudo aquilo que eles tinham, ia ficar faltando um pedaço, as segundas ficariam mais vazias, as lembranças talvez se perderiam no tempo, e quando ela pensava que aquilo podia acabar, sentia um nó bem dentro do peito, uma coisa estranha, como era aquele sentimento que nutriam um pelo outro...

E pela primeira vez,ela se mostrou da forma mais inteira que podia, sem máscaras, revelando até seus pensamentos mais escusos... acreditando que se ele não se reconhecesse nas entrelinhas, ela mais uma vez, havia vivido algo unilateral!

"Mesmo quando fracassa, porém, um amor pode salvar um escritor." do livro Clarice - A vida de Clarice Lispector
(Quando o autor diz isso na verdade se refere a dois amores impossiveis de Clarice, que a motivaram ainda mais a escrever, eu sempre achei que sofrimento rendesse bons textos, mas Clarice consegue superar os bons).

Ouvindo: o barulho do teclado, da obra aqui do lado do escritório, mas com a música que postei abaixo na cabeça.
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Música de hoje: S.O.A.D (System of a down) - Roulette. É eu gosto de S.O.A.D apesar de ter cara de quem só escuta Katy Perry viu Gui...rs



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Considerações finais:
- Sugestões para o carnaval? rs